Apesar dessa imagem ter uma cascata complexa de reações, ela mostra um aspecto fundamental:
A conexão entre a microbiota e a barreira física da pele
Quando a barreira cutânea está comprometida, os ceratinócitos são ativados para produzir linfopoietina estromal tímica (TSLP), IL-25 e outras citocinas que intensificam a disfunção da barreira da pele.
Isso gera perda de água transepidérmica e todo um ambiente inflamatório que favorece a disbiose cutânea por S. aureus.
Essa disbiose pode então intensificar o quadro da dermatite atópica, gerando ainda mais inflamação, prurido, xerose (ressecamento) etc. E apesar de ser uma imagem da pele humana, o conceito é totalmente aplicável a veterinária também.
Tratamento holístico do cão atópico
Por isso, o tratamento do cão atópico deve ser feito de forma holística: hidratar, tratar disbiose, etc. Sempre pensando em cuidar das 4 barreiras integradas da pele (física, química, imunológica e microbiológica) para garantir um melhor tratamento.
Sobre a autora
Dra Aline Santana é médica veterinária formada pela Universidade Federal de Viçosa, com residência em clínica médica de pequenos animais pela mesma instituição. Possui mestrado e doutorado em Ciências pelo Departamento de Clínica Médica da FMVZ/USP, com período de intercâmbio realizado no exterior (University of Minnesota, Estados Unidos). Desde 2012, Dra. Aline Santana é sócia da Sociedade Brasileira de Dermatologia Veterinária (SBDV). Durante o período de 2015 a 2021, atuou como diretora de mídias e colaboradora da SBDV.