A função primária da pele é formar uma barreira de proteção contra microorganismos, alérgenos e outros elementos nocivos.
Embora frequentemente se faça uso da analogia da barreira cutânea como uma estrutura de "tijolos e argamassa", onde os tijolos são as células e a "argamassa" se refere à matriz intercelular, a barreira cutânea vai muito além disso.
Aliás, os próprios queratinócitos estão longe de ser uma barreira física inerte. Pesquisas recentes mostram que essas células desempenham um papel ativo no sistema imunológico.
Os Múltiplos Papéis da Barreira Cutânea
Para além da sua função como barreira física, a barreira cutânea desempenha papéis significativos nas esferas química, microbiológica e imunológica. Estas funções interconectadas trabalham em conjunto para proteger o organismo contra ameaças externas e desempenhar as funções fisiológicas da pele.
Sabe-se, por exemplo, que os microorganismos comensais da pele estimulam as defesas imunes inatas e adaptativas, através da liberação de peptídeos antimicrobianos e outras ações.
Por isso, quando pensarmos em “barreira cutânea” temos que pensar muito além da barreira física…
Sobre a autora Dra Aline Santana é médica veterinária formada pela Universidade Federal de Viçosa, com residência em clínica médica de pequenos animais pela mesma instituição. Possui mestrado e doutorado em Ciências pelo Departamento de Clínica Médica da FMVZ/USP, com período de intercâmbio realizado no exterior (University of Minnesota, Estados Unidos). Desde 2012, Dra. Aline Santana é sócia da Sociedade Brasileira de Dermatologia Veterinária (SBDV). Durante o período de 2015 a 2021, atuou como diretora de mídias e colaboradora da SBDV.
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