Antigamente, quando falávamos de barreira cutânea, logo pensávamos na analogia de "tijolos e argamassa", onde os tijolos representavam os queratinócitos e a argamassa, a matriz intercelular.
Embora esse conceito não esteja incorreto, ele está incompleto. Atualmente há uma nova perspectiva da barreira cutânea, a qual tem sido divida assim:
1.Barreira física
2.Barreira química
3.Barreira imunológica
4.Barreira microbiológica
Qual a importância disso?
O entendimento dessa perspectiva permite uma abordagem mais holística e eficaz. Por exemplo, simplesmente hidratar a pele de um cão atópico e pensar que vai estar fortalecendo por completo a barreira cutânea pode ser um grande equívoco.
Se a barreira microbiológica estiver comprometida, devido a uma infecção secundária por exemplo, a proteção da barreira cutânea estará também comprometida. Logo, o tratamento deve consistir de uma combinação de fatores como controle tópico de disbioses, hidratação, ativos tópicos calmantes, etc.
Sobre a autora
Dra Aline Santana é médica veterinária formada pela Universidade Federal de Viçosa, com residência em clínica médica de pequenos animais pela mesma instituição. Possui mestrado e doutorado em Ciências pelo Departamento de Clínica Médica da FMVZ/USP, com período de intercâmbio realizado no exterior (University of Minnesota, Estados Unidos). Desde 2012, Dra. Aline Santana é sócia da Sociedade Brasileira de Dermatologia Veterinária (SBDV). Durante o período de 2015 a 2021, atuou como diretora de mídias e colaboradora da SBDV.